Quem passa pelas redondezas da antiga Estação Férrea de Pelotas já nota uma diferença no visual do local. No Largo de Portugal é possível observar os bancos e bicicletários instalados. Na avenida Saldanha Marinho as calçadas reformadas facilitaram a locomoção dos pedestres, além da iluminação de led, que vem garantindo a segurança de quem passa e habita por ali.

O secretário de Planejamento e Gestão, Roberto Ramalho, lembra que a obra é fruto de um contrato único, que integra reformas de sinalização e acessibilidade na rua Dom Pedro II, que já estão concluídas e entregues à população. A revitalização do Largo de Portugal, que cerca de 95% já está feita, faltando apenas algumas sinalizações e o paisagismo. E as reformas da Saldanha Marinho que, segundo Ramalho, cerca de 70% já foram realizadas.

A avenida Saldanha Marinho conta com três canteiros. Dois deles já estão praticamente prontos; os que ficam localizados entre as ruas Lobo da Costa, Tiradentes e General Telles. O último, entre Telles e Dom Pedro II, é o que precisa de mais reparos. Mas conforme explica o secretário, esse é o canteiro de obras da construtora, então será o último a ser qualificado. “Mas estamos dentro do prazo”, salienta. Se o tempo seguir ajudando, a parte da obra que envolve o Largo deve ser entregue à comunidade pelotense nos próximos 15 dias. Já as da avenida devem prosseguir até o início de setembro.

Ramalho observa que a região era esquecida, mesmo pertencendo à área central. “Estamos (re)incluindo ela no município”. A intenção é formar um parque linear no local e uma identidade visual que começa no Calçadão, passa pela Marechal Floriano e chega até a Saldanha Marinho e Largo de Portugal. O secretário explica que essa identidade se formará justamente pelo fato de que o piso, a iluminação de led, o mobiliário urbano e o paisagismo serão os mesmos em todos esses locais, e conta que as obras na Floriano já iniciaram. “Quem sai lá da Andrade Neves com Voluntários poderá chegar até o Largo apreciando todo esse novo conceito”, diz.

O projeto envolve o investimento de mais de R$ 2,3 milhões. Os recursos são de origem federal, com contrapartida municipal. Somente o Largo de Portugal, além do novo sistema de drenagem, recebeu elevação do piso localizado em frente à Estação Ferroviária, a restauração do piso em pedra portuguesa do canteiro central e a revitalização do canteiro do encontro com a rua Dom Pedro II, com adequações do pavimento em concreto e reparos no material português. Alargamento de passeios, colocação de piso tátil, sistema de acessibilidade, paisagismo, mobiliário urbano, como bancos e lixeiras, bicicletários, sinalização viária e luminárias são as principais modificações que quem passa pelo local irá notar.

Aprovação da vizinhança

O taxista Dovenir Soares trabalha em um ponto bem próximo do local há mais de três anos, ou seja, acompanhou toda requalificação. Para ele, até o movimento já aumentou depois das melhorias. “O pessoal já está vindo mais para cá”, diz. Ele acredita que o número de pedestres aumentou por ali justamente pela qualidade da iluminação, pois na atualidade, uma rua bem iluminada é sinônimo de segurança. Outro ponto destacado pelo trabalhador é que ele e os colegas têm prazer em cuidar do local e sempre que enxergam alguém depredando árvores e calçadas, chamam a atenção.

O empresário Marcelo Leal é proprietário de um comércio bem na esquina do Largo. Elogios ao mobiliário e a iluminação não faltam. “Melhorou tudo, muito bom”, afirma.

Entretanto, algumas modificações feitas no trânsito geram dúvidas no comerciante como, por exemplo, não existir uma travessa que permita o contorno na frente da Estação Férrea, já que com a elevação da calçada a rua ficou sem saída. Tirando isso, ele acredita que a partir da obra um novo público chegue até o local, gerando movimento, renda e diversão.